quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cores e Sabores é apresentado Amanhã



Um diálogo cultural denominado "Entre amigos" é a ação promovida amanhã, dia 6, às 15h, no Museu de Cerâmica Udo Knoff, localizado no nº3 da Rua Frei Vicente, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. Trata-se de apresentação pública do projeto "Feira de Cores e Sabores" idealizado pelo museólogo Afrânio Simões Filho e pela arte-educadora, Adelina Rebouças. O evento tem entrada gratuita. As pessoas presentes poderão apreciar também a exposição de mesmo nome que está em cartaz nesse espaço museal, aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h.
Contemplado com R$ 34,7 mil do Fundo de Cultura, o Cores e Sabores é um dos 72 projetos que promovem bens culturais baianos, graças aos Editais do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Os editais integram política pública implantada desde 2007 e que já atingiu, só via IPAC, cerca de 200 municípios. São livros, sites, CDs, DVDs, projetos arquitetônicos e obras de restauração. Segundo o coordenador de Editais do IPAC, Layno Pedra, de 2008 a 2010 o Instituto investiu mais de R$ 2 milhões. Educação patrimonial, inventários, registros, difusão e dinamização de patrimônios, são algumas das categorias.
O evento que acontece amanhã (06) evidencia o processo com adolescentes e adultos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), exibindo arte em mosaico, feita pelos alunos. A apresentação pública do projeto tem objetivo de divulgar o trabalho com a Apae e viabilizar bate-papo cultural a partir dos resultados. "Convidamos amigos para conhecer o processo que explorou o potencial pedagógico do patrimônio cultural como fator de inclusão social", comenta Afrânio.
Entre os convidados estarão diretores, coordenadores, professores e alunos da Apae, técnicos do Núcleo de Ações Sócio Culturais e Educativas da Diretoria de Museus (Dimus) do IPAC, artistas plásticos, educadores de pessoas especiais, museólogos e a diretora da Dimus/IPAC, a museóloga Maria Célia Moura Santos.
As atividades do projeto aconteceram na sede da APAE ao lado da Casa Pia e Órfãos de São Joaquim – prédio do início do século 18. A intenção do projeto foi valorizar bens materiais e imateriais. Foram realizadas visitas guiadas à Feira de São Joaquim, compra de cerâmicas, frutas e outros itens, reconhecimento sensorial, simbólico e cultural, além de oficinas, palestras e exibição de filmes. Também foi construído o blog http://feiradecoresesabores.blogspot.com que já dispõe de 3,2 mil visitas, com acesso dos Estados Unidos, Croácia, Alemanha, Portugal, Holanda, França, Austrália, Nigéria e diversos estados brasileiros.
Considerada a maior feira livre de Salvador, a São Joaquim está assentada em 34 mil m², às margens da Baía de Todos os Santos, na Cidade Baixa da capital baiana. Mais informações sobre o projeto Cores e Sabores com os proponentes Adelina (9966-1635) e Afrânio (9987-5115), ou no blog. Sobre os Editais do IPAC via telefones 3117-6491 e 3117-6492, ou endereço eletrônico astec.ipac@gmail.com. Outros dados do IPAC no site www.ipac.ba.gov.br.
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Assessoria de Comunicação – IPAC – em 05.10.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (1498-MTBa) – (71) 8731-2641 – Texto-base: estagiária Érica Teixeira - Contatos: (71) 3116-6673, 3117-6490, ascom.ipac@ipac.ba.gov.br - Acesse: www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba

terça-feira, 19 de julho de 2011

Exposição no Museu Udo até Setembro


 Mais de 100 pessoas, entre estudantes, museólogos, pedagogos e historiadores foram conferir na quarta-feira (13) a abertura da Exposição Educativa de Mosaico “Cores e Sabores”, no Museu da Cerâmica Udo Knoff, Rua Frei Vicente, nº 03 – Pelourinho. A mostra é resultado do programa de oficinas estéticas realizado com alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae/CEFAP) e desenvolvido a partir de técnicas de sensibilização sensorial. A exibição, aberta ao público, fica até o dia 25 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h.

     Em clima harmonioso, cheio de alegrias e curiosidades, a exibição conta com cerca de 90 peças feitas em mosaico, típicas da Feira de São Joaquim, como base nas atividades realizadas pelos alunos da Apae, localizada defronte a Feira. “Achei muito legal a exposição e, das peças, a que mais gostei foi o porquinho”, comenta Núbia Margarete, 18 anos, uma das alunas da Apae, contente pelo desenho que a própria criou.

     Ruth Damasceno Campos, mãe de Melquisedeque Damasceno, um dos alunos da Apae, ficou gratificada pela exibição das peças, especialmente pela felicidade do filho. “Meu filho passou por todas as Apaes, e agora, há 5 anos, ele está na Apae de São Joaquim. Ele está encantado com a exposição e eu também. Sempre estive junto com os professores para valorizar o trabalho deles e dar apoio. Estou feliz porque meu filho está feliz, orgulhoso pelo filtro azul que fez. Estou agradecida pela Apae e pelos professores”, afirma Ruth. 

    O “Cores e Sabores” também serviu para reabrir o Museu Udo, que estava fechado para manutenção. “Abrir o espaço para a exposição é bem interessante. O Museu ficou fechado por causa de manutenção no telhado, e foi reaberto para essa grande exposição”, comenta a museóloga Renilda Santos do Vale.

    Estiveram presentes representantes da Diretoria de Museus (Dimus), como Ana Liberato, assessora da Dimus, representando a diretora Maria Célia Moura. “Gostei muito. É um trabalho gratificante dos alunos, tendo como conhecimento e base a Feira de São Joaquim. Observei os meninos felizes e considero uma honra a exposição estar aqui no Museu Udo Knoff”. Para Cristina Melo, responsável pelo Núcleo de Arte e Educação da Dimus, “a proposta do projeto com os alunos é maravilhosa. Mostra um universo diferenciado e rico, com as obras dos alunos. Sem essa exposição, o museu não seria reaberto”.

    Até setembro, a exposição passará ainda por mais três etapas de programação, o que inclui palestras e visitação de alguns artistas para conhecerem o trabalho. “Queremos trazer alguns artistas para balançarem o Museu”, diz Adelina Rebouças, arte-educadora e uma das proponentes do projeto, juntamente com arquiteto e museólogo Afrânio Simões Filho.

    Com as peças do mosaico, eles pensam em deixar uma para cada aluno, na qual eles mesmos irão escolher o que eles fizeram em individual para guardarem de lembranças. Alguns irão fazer um pequeno acervo na própria Apae de São Joaquim e, os outros, pensam em fazer um leilão para arrecadarem uma ajuda. “Estamos precisando de parceiros para o projeto”, diz Adelina.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Museu Udo recebe mostra do Cores e Sabores nesta quarta (13)


O Museu Udo Knoff receberá nesta quarta, dia 13 de julho (2011), às 16h, a Exposição do Projeto Cores e Sabores, que é um dos 72 projetos aprovados pelos Editais do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura (SecultBa). O local integra o conjunto de espaços artísticos da Diretoria de Museus (Dimus) do IPAC e está localizado na Rua Frei Vicente, nº 3, Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (CHS).

O Cores e Sabores foi contemplado com R$ 34,7 mil do Fundo de Cultura da Bahia, através do IPAC. A autoria do projeto é do arquiteto e museólogo Afrânio Simões Filho e da arte-educadora Adelina Rebouças. A intenção foi valorizar os patrimônios materiais e imateriais da Feira de São Joaquim, a partir de aulas com alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Considerada a maior feira livre do Estado, a São Joaquim está assentada em 34 mil m² às margens da Baía de Todos os Santos, na Cidade Baixa da capital baiana.

Essa mostra final dos trabalhos evidencia o processo das atividades com alunos, adolescentes e adultos da Apae, exibindo arte em mosaico, feita pelos próprios alunos. As atividades ocorreram por cerca de seis meses no Centro de Formação e Acompanhamento Profissional da Apae, localizado ao lado da Casa Pia e Órfãos de São Joaquim – prédio originário do início do século 18. O projeto se desenvolveu em três etapas, com visitas guiadas à feira, contato com a diversidade e representações culturais, oficinas, exibição de filmes, entre outras ações, além da construção de um bloghttp://feiradecoresesabores.blogspot.com, no qual foram inclusos textos e imagens das atividades desenvolvidas.

Nesta exposição estarão cerca de 90 peças típicas da feira como moringas, filtro, vasos e pratos de cerâmica escolhidos pelo grupo e que foram recobertos com mosaico numa releitura dos objetos tradicionais do artesanato baiano. A expectativa é que, depois do Museu Udo, a exposição seja montada em outros espaços onde o público troque experiências com o grupo para que o trabalho iniciado com projeto tenha continuidade.

O processo para construção do mosaico começou em abril deste ano (2011). “Os alunos trabalharam em conjunto, um ajudando o outro. Enquanto um colava as pedrinhas, o outro pintava, e assim construíram o que será exposto”, comenta a arte-educadora Adelina Rebouças. A exposição ficará no Udo até 20 de setembro deste ano (2011).

Os Editais do IPAC têm recursos do Fundo de Cultura já atingindo, de 2007 a 2011, cerca de 200 municípios. “Os editais permitem que a sociedade civil participe efetivamente das políticas públicas, garantindo ferramentas transparentes e democráticas na distribuição de recursos estaduais para as ações culturais”, explica o coordenador de Editais do IPAC, Layno Pedra. Mais informações sobre o projeto Cores e Sabores com os proponentes Adelina Rebouças (9966-1635) e Afrânio Simões (9987-5115). Sobre os Editais do IPAC via telefones (71) 3117-6491 e 3117-6492, ou endereço eletrônicoastec.ipac@gmail.com. Outros dados do IPAC no site www.ipac.ba.gov.br.

BOX opcional  Museu UDO KNOFF: O museu pertence à Dimus/IPAC e guarda 1.447 peças que foram de propriedade do ceramista alemão de mesmo nome, com obras produzidas desde o século 17 até o século 20, incluindo originais e reproduções de diversas nacionalidades, como portuguesa e espanhola. Vasos e medalhões em cerâmica, ferramentas e maquinários de trabalho, livros de encomendas e objetos tridimensionais que pertenceram ao ceramista alemão compõem o restante do acervo. UDO KNOFF: Horst Udo Knoff nasceu na Alemanha, em maio de 1912 e graduou-se em Agronomia. Eterno apaixonado pelas Artes Plásticas, Udo trabalhou na sua área de formação ainda na Alemanha, mas em função da 2ª Guerra Mundial, migrou para o Brasil em 1942. Em nosso país sofreu por ser de origem alemã, sendo preso diversas vezes, onde acabou por aprender a língua portuguesa com colegas de cela. Em 1955, chega à Bahia, depois de residir no Rio de Janeiro e realizado exposições em várias capitais brasileiras. Desenhista, pintor e colecionador, Udo Knoff lecionou na antiga Escola de Belas Artes da Rua 28 de Setembro. A coleção de azulejos do alemão retrata parte da história e do patrimônio artístico e arquitetônico da Bahia. Com obras em fachadas de prédios, igrejas e outras construções presentes em diversos estados brasileiros, o ceramista é autor do livro “Azulejos da Bahia”. Localizado na Rua Frei Vicente, nº3, Pelourinho, em Salvador, o Museu Udo Knoff fica aberto de terça à sexta-feira, das 10 às 18 horas, e nos sábados e domingos das 13 às 17 horas, fechando nos feriados. Todos os serviços do museu são prestados ao público gratuitamente desde que solicitados com antecedência através dos tels. 3117-6388 e 3117-6389.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

São Dâmaso passa por Manutenção

Edifício de notável valor arquitetônico, originário do século 17 e tombado individualmente pelo Ministério da Cultura (MinC) como Patrimônio do Brasil, o solar São Damaso está passando por obras hidráulicas emergenciais. Inserido no Centro Histórico de Salvador (CHS), área também tombada pelo MinC, o casarão fica entre a Praça da Sé e o Terreiro de Jesus, na Rua do Bispo que reunia as melhores residências da cidade durante o período colonial.
O secular prédio está sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), que o utiliza para funcionamento da subgerência de Restauração de Bens Móveis (Surbm). O casarão abriga esse setor do IPAC responsável pela restauração de imagens como as de Nossa Senhora do Pilar do Oratório da Cruz do Pascoal, de São Benedito da igreja de Santana, os altares da igreja de Piatã, entre dezenas de outras peças artísticas.
O solar tem três pavimentos, pilastras dóricas, belos tetos de madeira de lei em forma de gamela e azulejos do século 17 do mesmo tipo encontrados na Catedral de Salvador, igreja de Monte Serrat, conventos de São Francisco e Santa Teresa. O casarão, que tem formato de palacete colonial, é de propriedade da igreja Católica através da Arquidiocese de Salvador.
A administração fica com IPAC, que o ocupa via contrato de locação. “Estamos promovendo a recuperação do tanque de água, que apresentava vazamentos, para evitar qualquer dano a esse monumento nacional”, explica o gerente de Patrimônio do IPAC, Raul Chagas. Os serviços terminam neste mês de abril (2011). “O São Dâmaso é um dos 235 imóveis sob responsabilidade do IPAC no CHS”, diz Chagas, “mas o IPAC não é responsável legal por todos os imóveis do CHS como pensam erroneamente alguns”, complementa o técnico.
Segundo o arquiteto, durante as décadas de 1980 e 1990 o Estado fez desapropriações na região obrigando o IPAC a ficar com esses imóveis. Esse total do IPAC representaria apenas 7,8% dos 3 mil imóveis estimados na área tombada do CHS.Segundo a Constituição de 1988 e a legislação municipal os imóveis do Centro Histórico devem ser mantidos por seus proprietários. Já a administração do CHS é da Prefeitura do Salvador. “Mas, como o local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esse órgão federal passa a ter tutela também nessa parte da capital baiana”, complementa o gerente do IPAC.
A Surbm/IPAC funciona nos dois últimos andares, enquanto os núcleos de figurino, adereços e a sala de leitura da Escola de Dança da Fundação Cultural (Funceb), instâncias igualmente da SecultBA funcionam no térreo. “O imóvel ainda continua com características daquele tempo, com móveis, parte interna e externa semelhantes, além das belas portas e azulejos”, afirma Kátia Berbert, artista plástica e subgerente da Surbm/IPAC.
Cronologia
·    Construção não comprovada por documentos
·    Primeiro dono que se tem notícia: Diogo Álvares Campos que era casado com Maria Francisca da Câmara
·    Em seguida passa-se ao Cônego José Teles de Menezes
·    1814 - Morre o Cônego José Teles de Menezes, o qual doa por testamento a casa de sua residência para nela se estabelecer o Seminário projetado por D. Frei Francisco de São Dâmaso Abreu Vieira, ex-bispo de Málaca e 14º arcebispo Primaz do Brasil, em cumprimento ao alvará de 10/V
·    1815 - Em 15.08 é inaugurado o Seminário de Ciências Eclesiásticas da Bahia, batizado com o nome de Seminário de São Dâmaso, em homenagem a seu criador
·    1816 - Com a morte de seu fundador o Seminário começa a decair
·    1819 - Fecha o Seminário, sendo reaberto mais tarde, em 1834, no Hospício da Palma
·    1834 - A casa passa às Carmelitas Descalças
·    Atual – propriedade da Igreja Católica, através da Arquidiocese de Salvador, sob administração do IPAC

Assessoria de Comunicação IPAC – em 18.04.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (drt-ba 1498) – (71) 8731-2641 – Texto base: estagiária Érica Teixeira e Geraldo Moniz. Contatos: (71) 3117-6490, ascom.ipac@ipac.ba.gov.br www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Forte encerra encontro de capoeira para mulheres amanhã, dia 9, às 15h



Tombado como patrimônio cultural da Bahia e restaurado pelo Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da secretaria estadual de Cultura (SecultBA), o Forte de Santo Antônio Além do Carmo sedia academias e se tornou referência internacional da capoeira na Bahia, com visitantes periódicos de países distantes entre si como Japão, Turquia, Alemanha, Irã, Inglaterra, Estados Unidos e México, entre outros. Amanhã, dia 9 (abril, 2011) mais uma comemoração da capoeira será sediada no forte. Trata-se do 1º Seminário No Ventre a Capoeira, que é aberto ao público e começa a partir das 15h.

O evento começou em 19 de fevereiro deste ano, objetivou fortalecer a participação das mulheres na capoeira e contou com oficinas e encontros na programação. O Mestre Pastinha, considerado maior propagador da capoeira angola no Brasil, também foi homenageado, assim como, o seu discípulo, mestre João Pequeno de Pastinha. “Serão lembradas mulheres de relevância no contexto político e sócio-cultural da Bahia”, comenta Cristiane Nani, da organização do encontro.

Também administrado pelo IPAC o Forte de Santo Antônio reúne atividades sempre ligadas à capoeira. “A edificação fica no mesmo lugar da trincheira Baluarte de Santiago, construída em 1627, após a expulsão dos holandeses que invadiram Salvador nessa época”, diz o gerente de Patrimônio do IPAC, Raul Chagas. Na década de 1950 foi transformado em prisão desativada em 1976, e no regime militar abrigou presos políticos. Informações sobre o seminário através dos telefones (71) 9925-5830, 8312-5869, 9635-5433 e 8833-1469, ounildesena@yahoo.com.br e nanidejoaopequeno@yahoo.com.br. Sobre o forte, no bloghttp://fortesantoantonio.blogspot.com.


Mulheres homenageadas:
·          Professora Dra. Ana Célia da Silva
·          Srª. Maria Davina Rodrigues (Mãe Preta)
·          Srª. Edelzuita dos Santos (D. Maezinha – a dama da capoeira)
·          Srª. Eliza de Oliveira (Mãe Eliza – Terreiro Ilê Axé Jefan Okan Onile)
·          Srª. Francisca Silva Rego (mulher capoeirista angoleira)
·          Srª Nancy de Souza- (Vovó Cici)
·          Professora Dra. Vanda Machado

Programação:
·    15h00 – Roda de Prosa  “A participação mulher em Organizações Sociais da cidade de Salvador” com as convidadas: Francineide Marques, advogada, capoeirista e pesquisadora e a Vereadora Marta Rodrigues.
·    16h00 as 17h30 -  Roda de Capoeira Angola comandada pelas mestras, professoras e convidadas, com samba de roda no final.
·    17h30 as 18h00 - Música para o corpo e a consciência: Cantora e Compositora Márcia Pinho
·    18h00 as 18h30 – Confraternização



HISTÓRICO opcional: MESTRE PASTINHA - Vicente Joaquim Ferreira (1889 — 1981) chamado de Pastinha foi um dos mais reconhecidos mestres de capoeira do Brasil. Em depoimento ao Museu da Imagem e do Som em 1967, o mestre contou que "um velho africano assistindo a briga de rua da qual eu participava e apanhava e me convidou para me ensinar a capoeira”. Depois de anos de dedicação os conceitos de Pastinha formaram seguidores em todo Brasil. A originalidade do método de ensino e a prática do jogo enquanto expressão artística formaram a escola que privilegia o trabalho físico e mental para que o talento se expanda em criatividade. Em 1941, fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho. Em 1966, integrou a comitiva brasileira ao primeiro Festival Mundial de Arte Negra no Senegal e em 1965 publicou o livro Capoeira Angola, em que defendia a natureza desportista e não-violenta do jogo. Pastinha enfatizou o lado lúdico e artístico da capoeira, destacando os treinos de cantos e toques de instrumentos. Também buscou na tradição conceitos centrais, como a malícia e a ilusão do adversário sempre que possível, para evitar movimentos mecânicos e previsíveis. Para ele, a capoeira era um esporte, uma luta, mas também uma reza, lamento, brincadeira, dança, vadiagem e um momento de comunhão.


Assessoria de Comunicação IPAC – em 08.04.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (drt-ba 1498) – (71) 8731-2641 – Texto: estagiária Érica Teixeira e Geraldo Moniz. Contatos: (71) 3117-6490, ascom.ipac@ipac.ba.gov.br www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba


terça-feira, 29 de março de 2011

Salvador - 462 anos



Um pouco da História
   Antes mesmo de ser fundada cidade, a região já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em1534 foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares, o Caramuru, e sua esposa, Catarina Paraguaçu.


   Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

    Em 29 de Março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e a sua comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.

  Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas.

   Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de Julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração.

    A cidade foi invadida pelos neerlandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açúcar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

   Em 1798, ocorreu a Revolta dos Alfaiates, na qual estavam envolvidos homens do povo como Lucas Dantas e João de Deus, e intelectuais da elite, como Cipriano Barata e outros profissionais liberais.

    Em 1809, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, iniciou sua administração, a qual foi muito benéfica à cidade. Em 1812 ele inaugurou o Teatro São João, onde mais tarde Xisto Bahia cantaria suas chulas e lundus, e Castro Alves inflamaria a platéia com os maravilhosos poemas líricos e abolicionistas. Ainda no governo do Conde dos Arcos, ocorreram os grandes deslizamentos nas Ladeiras da Gameleira, Misericórdia e Montanha.

    Em 1835 ocorre a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês. Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos ministros de Gabinete no Segundo Reinado, tais como José Antônio Saraiva, José Maria da Silva Paranhos, Sousa Dantas e Zacarias de Góis. Com a proclamação da República, e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional decresce.

   Em 1912 ocorre o bombardeio da cidade, causado pelas disputas entre as lideranças oligárquicas na sucessão do governo: é destruída a Biblioteca e Arquivo, perdendo-se de forma irremediável, importantes documentos históricos da própria cidade.




Por isso, hoje a nossa querida cidade está em grande festa, apesar de tantos problemas existentes, ela ainda continua demonstrando a sua beleza e simpatia.


Parabéns Salvador - Cidade Maravilhosa!



sábado, 26 de março de 2011

São Joaquim é campo para projeto com APAE até abril




Até o final do próximo mês de abril (2011) a Feira de São Joaquim é o grande campo de experimentação para o projeto Cores e Sabores que beneficia adolescentes e adultos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), com apoio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
“Os editais do IPAC apoiam projetos da sociedade civil que realizam ações educativas e promovam os bens culturais baianos, sejam eles materiais ou imateriais”, explica o coordenador de editais da Assessoria Técnica do IPAC, Layno Pedra. Segundo o técnico, os editais garantem, ainda, ferramentas mais transparentes e democráticas para a distribuição de recursos públicos.
O projeto ganhou aporte de R$ 34,7 mil do IPAC depois de selecionado por comissão formada por especialistas das áreas da educação, história e antropologia. De 2009 a 2011 o IPAC vem executando 73 projetos. “Os recursos são do Fundo de Cultura do Estado e, em dois anos, de 2008 a 2010, já foram investidos mais de R$ 2 milhões”, relata Pedra. 
Localizada entre a Avenida Oscar Pontes e às margens da Baía de Todos os Santos, em Salvador, a São Joaquim é a maior feira ao ar livre da capital baiana. Antes de 1964 quando ocorreu um incêndio, ela ocupava área próxima, alagadiça e à beira-mar, em frente à Casa Pia e Órfãos de São Joaquim – edificação de 1709 e tombada como monumento nacional desde 1941 – em local denominado Água de Meninos. Além de central de abastecimento de produtos do Recôncavo, a feira tem importância por sua dimensão sócio-cultural simbólica que detém ricas tradições, saberes e fazeres estruturantes da identidade baiana.
Segundo Sandra Bahia, professora da Apae, o projeto Cores e Sabores é apoiado pela associação com cessão de espaço e estrutura interna para encontros e aulas. “Os alunos passam a conhecer a feira, atividades dos feirantes e produtos comercializados, obtendo mais vivências e conhecimentos”, comenta a educadora. O projeto foi elaborado e inscrito nos editais do IPAC pela arte-educadora Adelina Rebouças e o arquiteto e museólogo Afrânio Simões Filho.
Ao conhecer a feira, os alunos ganham conhecimentos sobre matemática via comercialização de produtos e a variedade do artesanato baiano, são acolhidos na inserção sócio-cultural aprimorando noções cognitivas e sensoriais fundamentais para o desenvolvimento de pessoas especiais. “Esse projeto incentiva os alunos a evoluírem, mostrando a realidade fora das salas de aula”, diz Edinaldo Jesus, comerciante da feira há mais de 20 anos que presenciou uma das visitas.
A Apae é filantrópica, sem fins lucrativos e presta assistência a pessoas com deficiência intelectual. As doações à Apae são revertidas para atendimento. Centros médico, educacional, formação profissional, laboratório, triagem neonatal e difusão de tecnologia são alguns dos serviços da entidade. “A Apae tem apoio do SUS, da população, convênio com empresas e recebe doações também via telemarketing”, explica Mariana Mota, professora da instituição.
Contatos com Apae através do telefone (71) 3313-6788. Já os editais do IPAC e projetos vencedores são publicados no site www.ipac.ba.gov.br. Mais informações através do endereço eletrônico editais@ipac.ba.gov.br e, nos horários comerciais, via telefones (71) 3117- 6491 ou 3117-6492.

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